Barriga de Aluguel Acha Que Vai Ter Gêmeos Para Família, Mas O Inimaginável Acontece
"Nenhuma mulher no mundo deveria viver a vida sem experimentar o amor e o vínculo de uma mãe e uma criança", disse Jessica Allen à "ABC News" em 2017. Allen, que já era mãe de dois filhos, decidiu ajudar uma casal que sonhava em ter um bebê, tornando-se uma barriga de aluguel.
Durante a gestação nenhum problema. Mas depois do parto as coisas ficaram confusas, e é por isso que Allen conta à "People": "Eu nunca faria isso de novo. Eu não sou a única com uma história de pesadelo, mas eu sou a única com uma história como esta".
Allen seguiu todas as regras perfeitamente, mas algo inesperado aconteceu durante a gravidez ...
Jessica Allen resolveu ajudar o próximo
Jessica Allen, uma mãe californiana de dois filhos, achava que estava fazendo algo legal ao assinar contrato com um adorável casal chinês para ser mãe de aluguel. Como a sub-rogação gestacional é ilegal na China, o casal foi até os Estados Unidos para encontrar uma barriga de aluguel para o bebê.
Qualquer um que tenha lutado para conceber está provavelmente familiarizado com o trauma físico e emocional que o casal chinês deve ter passado para recorrer à maternidade sub-rogativa. Não há dúvida de que o que Allen estava fazendo por eles era uma coisa maravilhosa. Mas as consequências não foram positivas para ela.
Ela seguiu as regras
Allen entrou em contato com a "Omega Family Global", sediada em San Diego, que a juntou com o casal. Em abril de 2016, Allen passou por uma fertilização in vitro para carregar o filho do casal de asiáticos.
Antes do procedimento, as mulheres são obrigadas a tomar estrogênio e progestogênio, a fim de preparar seus úteros para uma implantação bem-sucedida. Allen teve o cuidado de seguir as instruções do médico responsável pela fertilização in vitro antes e depois da implantação embrionária, para que a gravidez fosse um sucesso. Seis semanas após a gravidez, no entanto, o médico encontrou algo que deixaria Allen bastante preocupada.
Os médicos ficaram perplexos
Durante o exame de seis semanas, os médicos disseram a Allen que ela estava carregando dois bebês em seu ventre. "Com seis a sete semanas (de gestação), foi encontrado um outro embrião - que disseram ter se originado no primeiro embrião, que teria se dividido em gêmeos idênticos", relembrou a americana.
Pelo contrato inicial, Allen receberia US$ 30 mil (cerca de 110 mil reais) mais o valor das despesas para ser barriga de aluguel do casal. Quando foi descoberto que ela estava esperando dois bebês, foi acrescentado mais US$ 5 mil (cerca de 20 mil reais).
Depois de tudo dito e feito, Allen e seu marido tiveram uma grande surpresa...
Allen notou algo estranho sobre os bebês
Em 12 de dezembro de 2016, quando a gestação completou 38 semanas, Allen teve os dois bebês por cesariana. Como a operação foi realizada por trás de uma tela opaca, Allen não teve a chance de ver os bebês, que foram tirados imediatamente da sala de cirurgia.
Mais tarde, naquela noite, enquanto ela estava se recuperando, Allen recebeu a visita da mãe, que lhe mostrou uma foto dos bebês em seu telefone. "Um parecia chinês, mas o outro não. Ficou claro que eles não eram idênticos, mas eu não fiz perguntas", relembrou Allen à revista "People".
A mensagem que mudou tudo
Após entregar os dois bebês, Allen voltou ao seu lar para se recuperar. Ela e o marido usaram o dinheiro da barriga de aluguel para comprar uma nova casa. Quase um mês depois, quando eles estavam se preparando para fazer a mudança, Allen recebeu uma mensagem da mulher que a contratou para ter os seus filhos.
A mãe enviou a Allen uma foto dos bebês e expressou dúvidas de que um deles pertencia a ela. Allen disse ao "New York Post" que a contratante questionou: "Eles não são iguais, certo?" e "Você já pensou em por que eles são diferentes?"
É um fenômeno médico raro, mas acontece
Na semana seguinte, os bebês foram submetidos a um teste de DNA com resultados inesperados. Um dos bebês não era gêmeo do embrião implantado. Em vez disso, o pequeno era na verdade o filho biológico de Allen e seu marido! Ambos os embriões tinham até idades gestacionais diferentes.
Um fenômeno médico como esse é chamado de superfetação, em que uma mulher continua a ovular durante a gravidez. Isso significa que Allen concebeu outra criança em seu ventre, enquanto ela já tinha o embrião implantado do casal crescendo dentro dela. Allen e seu marido ficaram chocados com quando descobriram isso.
Qual será que foi a atitude do casal asiático?
Como isso aconteceu?
Allen e seu marido ficaram perplexos ao descobrir que um dos bebês que ela entregou ao casal contratante era na verdade deles. Seguindo as instruções do médico responsável pelo procedimento, eles só tiveram relações íntimas novamente quando Allen já estava grávida do embrião implantado há várias semanas.
"De acordo com meu contrato, Wardell [o marido de Allen] e eu não tivemos relações sexuais até a permissão do médico da Fertilização In Vitro, que recomendou o uso de preservativos", disse Allen ao "New York Post". Neste caso, acredita-se também que o seu fenômeno aconteceu como resultado de falha do método contraceptivo.
Allen e seu marido não sabiam o que fazer
A notícia sobre um terceiro filho deixou o casal sem saber o que fazer. "Eu estava em pânico. Meu marido e eu estávamos em pânico. Não tínhamos ideia de como íamos nos preparar para mais uma criança. Recém havíamos nos mudado para uma nova casa, não tínhamos mais dinheiro ", disse Allen à revista "People".
Enquanto ainda pensavam em como seria a chegada de um recém nascido, eles tiveram outra surpresa. Desta vez nada positiva.
Uma notícia nada boa
Ao descobrir que um dos bebês era dela, Allen resolveu que iria buscá-lo. Neste ponto, no entanto, as coisas começaram a ficar um pouco confusas. Ela e o marido não imaginavam que seria tão complicado recuperar o bebê.
O casal de asiáticos não quis ficar com o segundo bebê, mas deu início a uma batalha na Justiça para reaver parte do dinheiro pago a Allen. Isso mesmo! A americana recebeu a informação que a agência de aluguel estava cuidando de seu filho e que o casal contratante exigia US$ 22 mil (cerca de 80 mil reais) em compensação!
Allen foi colocada em uma situação em que ela achava que perderia seu próprio filho para sempre...
Os obstáculos
Além da compensação de US$ 22 mil exigida pelo casal contratante, a agência também pediu uma boa quantia para pagar a assistente social que estava cuidando do bebê.
Tendo acabado de se mudar para uma nova casa, Allen e seu marido não estavam em condições de pagar o dinheiro que supostamente deviam ao casal e à agência. Então Allen recebeu a dolorosa notícia que seu bebê seria colocado para adoção.
A agência estava procurando pais para adotar o filho de Allen
Allen ficou apavorada com a atitude da agência: "Era como se o meu filho fosse uma commodity e nós estivéssemos pagando para adotar nosso próprio filho".
Allen e seu marido estavam realmente em uma situação complicada. Ela só queria ter seu filho logo em casa, mas o casal contratante e a agência não estavam dispostos a facilitar a entrega do bebê.
"Eles queriam que eu comprasse ou adotasse meu próprio filho"
Depois de ouvir a notícia de que a mãe queria colocar o bebê para adoção, Allen e seu marido começaram a perder a esperança.
"Eu pensei que não iria recuperá-lo porque eles estavam me pressionando para pagar esse dinheiro primeiro. Então eles estavam dizendo que a mãe estava pensando em desistir dele para adoção ... Eu pensei que seria forçada a deixar tudo de lado porque eu não podia comprá-lo ou porque eu não podia adotar ele", disse Allen à revista "People".
Em seguida, Allen descobriu algo suspeito acontecendo dentro da agência...
Quem estava errado?
Foi então que a verdadeira batalha começou. Allen e seu marido se colocaram em dívidas tentando recuperar o filho, mas depois da contratação de um advogado, eles resolveram negociar com a agência.
Havia dúvidas sobre quem estava errado nessa situação. Alguns acreditam que Allen e seu marido deveriam ter evitado relações íntimas completamente, enquanto outros acreditam que o médico era o culpado por dar o sinal verde. Outros acreditam que os pais chineses estavam errados, mas, ao mesmo tempo, foram forçados a pagar mais pela ideia de que esperavam gêmeos.
Allen acha que a agência estava manipulando o casal
Allen e seu marido contrataram um advogado para recuperar o filho da agência de aluguel. Ela não culpa o casal chinês pelo drama e acredita que a agência estava manipulando-o.
Allen disse à "People" sobre a mãe chinesa: "Não é culpa dela… A agência colocou na cabeça que eu ia tentar processá-la. Eu nunca disse essas palavras. Ela estava com medo de ser processada e começou a me enviar todos os tipos de mensagens de texto".
Agência não facilitou
Depois de uma longa batalha judicial com a Omega Family Global, Allen diz que eles finalmente admitiram que ela e o seu marido não deviam nada. Ainda assim, ganhar a custódia de seu filho era como um jogo de gato e rato.
"Nós tentamos pegá-lo em várias ocasiões, mas uma desculpa que eles nos deram foi que os pais pretendiam não assinar a procuração, então nós não o pegamos…", disse Allen à revista "People".
Você não vai acreditar quanto tempo demorou para que a agência liberasse o filho de Allen!
Agência se manifesta
A Omega Family Global colocou Allen em um processo meticuloso para liberar seu filho, quando todas as partes sabiam que ele era biologicamente dela. Não só a Omega Family Global refutou algumas das alegações feitas por Allen, como também emitiu suas próprias declarações.
"Por natureza, a sub-rogação é uma jornada complicada, que exige o apoio e o cuidado de agências, pais, representantes, psicólogos, advogados e uma série de outros profissionais. Como acontece com qualquer gravidez, surgem problemas que exigem muito cuidado, atenção aos detalhes e respeito pelo processo e pelas emoções de todos os envolvidos ", disseram eles ao "New York Post".
Demorou quase dois meses para conhecer seu filho
Allen entregou os bebês em 12 de dezembro de 2016, e depois de três tentativas frustradas de recuperar o filho, ela finalmente o segurou nos braços pela primeira vez quase dois meses depois.
"Então, em 5 de fevereiro, eu finalmente conheci uma assistente social da Omega em um estacionamento da Starbucks em Menifee, [Califórnia], onde ela entregou nosso filho, a quem renomeamos Malachi. O momento foi incrivelmente emocionante e comecei a abraçar e beijar meu filho", disse Allen ao "New York Post". Agora, Allen quer que sua história sirva de alerta.
E ela e o marido ainda tinham que lidar com as repercussões ...
Ela quer que os outros aprendam com a história dela
Allen expressou que nunca mais será uma barriga de aluguel novamente depois do que aconteceu com ela, mas não se arrepende deste momento em particular.
"[Meu marido e eu] não planejamos expandir nossa família, mas valorizamos Malachi de todo o coração. Eu não me arrependo de ter sido uma mãe de aluguel porque isso significaria lamentar meu filho. Eu só espero que quem esteja considerando ser uma barriga de aluguel possa aprender com a minha história. E que um bem maior sairá desse pesadelo", disse Allen ao "New York Post". Embora tenham recuperado o filho, Allen e o marido ainda estão brigando.
Agora eles têm que lidar com as consequências financeiras
Embora a batalha pela custódia de seu filho tenha acabado, Allen e seu marido ainda estão envolvidos em batalhas judiciais e acumulam uma enorme dívida.
"É muito estressante financeiramente, isso nos coloca em dívida. Isso me estressou emocionalmente porque esta agência me deu as costas... Sabendo que nos dois primeiros meses de sua vida ele estava nos braços de estranhos, isso quebra meu coração . É realmente desolador", disse Allen à revista "People".
Malachi está vivendo feliz
Allen e sua família estão felizes em ter o bebê com eles. A história de Allen veio à tona quase um ano depois que a provação aconteceu. Felizmente, Malachi se ajustou bem ao seu novo lar.
"Ele ama seus irmãos e está aprendendo a andar e começando a falar. Ele tem atitude e é engraçado. Ele está saudável e sua personalidade é hilária", disse Allen ao "People".