O Sumidouro Deste Bairro Deu Lugar a Algo Surpreendente No Subsolo
Quando Albert Reitz saiu para cortar a grama, a última coisa que ele esperava era que o chão desabasse sob seus pés. Acontece que Albert e o resto de seus vizinhos estavam vivendo em cima de um sumidouro. A surpresa maior veio com o que o buraco revelou no subsolo...
Ele estava apenas cortando a grama
Era um dia típico em Blackhawk, Dakota do Sul. Albert Reitz, um residente local, estava ocupado cortando a grama, uma tarefa rotineira para ele. No entanto, algo inesperado ocorreu naquele dia.
Enquanto trabalhava, Albert sentiu uma sensação estranha sob seus pés. Posteriormente, ao compartilhar sua experiência com os veículos de notícias locais, descreveu: "Senti uma leve sucção por trás e um movimento sob meus pés." O homem, então com 56 anos, virou-se cuidadosamente para ver o que poderia estar acontecendo.
Na hora certa
Quando Albert se virou, mal pôde acreditar no que viu. A apenas 30 centímetros atrás dele, de repente, abriu-se um gigantesco sumidouro!
O homem admitiu ter sentido um grande temor naquele momento. Ele disse: "Eu nem ouvi o barulho, simplesmente cedeu". Parte de sua surpresa pode estar relacionada ao fato de que ele estava cortando a grama. Se a máquina não estivesse funcionando, talvez ele tivesse ouvido o desabamento.
Correndo para os vizinhos
O que uma pessoa faz quando sua propriedade desmorona em um sumidouro? O que Albert fez foi correr até a casa do vizinho. Ele bateu na porta de John Trudo, que também estava enfrentando alguns eventos incomuns.
John já havia suspeitado que algo estava errado naquela manhã porque a torneira havia parado de funcionar de repente. A história de Albert foi suficiente para tornar o caso uma emergência oficial. Então, a esposa de John ligou imediatamente para as autoridades. Eles logo descobriram que não eram os únicos vizinhos afetados.
Não era o único sumidouro
Quando as autoridades chegaram, agiram rapidamente para garantir a segurança de todos. Isso envolveu uma avaliação do sumidouro e a remoção imediata de pessoas de áreas consideradas arriscadas. Foi nesse momento que descobriram que o sumidouro próximo à residência de Albert não era o único.
Outro buraco apareceu do outro lado da rua. Imediatamente, seis famílias foram evacuadas. Esse número dobraria quando os especialistas determinassem a causa dos sumidouros. Contudo, para encontrar essa resposta, não bastavam apenas policiais; foi necessário o auxílio de espeleólogos.
Muita responsabilidade
Quando o espeleólogo Adam Weaver soube do que havia acontecido com a vizinhança, ele se ofereceu para dar uma olhada. Adam é membro do Paha Sapa Grotto, um subgrupo da National Speleological Society composto por estudiosos de cavernas.
Adam, que possui mestrado em Administração de Recursos Naturais, ofereceu-se para tentar mapear o que parecia ser um sumidouro natural. Assim que ele e sua equipe chegaram ao local, logo perceberam a gravidade da situação.
Uma enorme descoberta
Quando Adam e o restante da equipe da Paha Sapa Grotto entraram no buraco, logo perceberam que não era nada do que esperavam. Eles descobriram que o buraco levava a uma mina de gesso abandonada!
A mina tinha mais de 180 mestros de comprimento e ainda tinha furos de perfuração e equipamentos de mineração. Adam disse ao The Rapid City Journal: "Eu realmente nunca imaginei que, quando voltássemos lá embaixo, ela seria tão grande".
Repleto de história
Embora Adam estivesse ciente da abundância de gesso na área, jamais considerou a possibilidade de uma mina abandonada nas profundezas. Provavelmente, essa questão escapou de sua percepção devido à longa história da mina.
Sua abertura remonta à década de 1920 e seu encerramento ocorreu três décadas depois. Contudo, mesmo após seu fechamento, vestígios do passado permaneceram intocados, como um carrinho de mão de mineração. Além disso, foram encontrados ossos que a esposa de Adam, uma paleontóloga, confirmou serem de um bezerro.
Eles hesitaram em entrar no início
Embora Adam seja o vice-presidente da National Speleological Society, ele hesitou em continuar explorando quando percebeu que se tratava de uma mina. Ele disse a Hagerty: "Nós realmente não exploramos minas. Nós exploramos cavernas".
Outro membro da Paha Sapa Grotto, Christopher Pelczarski, repetiu esse sentimento em sua entrevista à SDPB Radio. Christopher disse: "Por termos experiência em viagens subterrâneas, fomos cautelosos ao entrar, mas reconhecemos que alguém precisava fazer isso, e nós somos os únicos com experiência nessa área."
Continuando a explorar
A equipe da Paha Sapa Grotto entrou cuidadosamente na mina, fazendo descobertas incríveis ao longo do caminho. Eles ainda conseguiam ver os antigos trilhos dos vagões de trem que eram usados quando a mina ainda estava em funcionamento.
Até mesmo os elementos naturais da caverna guardavam um certo mistério. Christopher descreveu a descoberta de madeira como: "É só até o ponto em que parece um pedaço de madeira, mas aí você pisa nele e ele simplesmente se esfarela como polpa de papel."
Identificando algo incomum
Por mais intrigantes que fossem as descobertas que a equipe estava fazendo, como era de se esperar em uma mina abandonada - ferramentas antigas, restos de animais e madeira deteriorada - algo surpreendente capturou a atenção de todos.
Enquanto havia muitos objetos interessantes no chão, a verdadeira preciosidade estava incrustada no teto da mina. Adam expressou posteriormente sua surpresa com a descoberta: "Tenho explorado diversas cavernas e é a primeira vez que vejo algo assim".
Um carro estava pendurado no teto
Para surpresa dos espeleólogos, havia um carro pendurado no topo da mina! Ele estava preso entre rochas e parecia ter caído em um buraco da superfície. Christopher o descreveu como "basicamente meio que saindo do teto".
No entanto, esse não era um carro novo. O veículo era, na verdade, um Ford Crestline Sunliner 1954! O grupo ficou surpreso ao ver algo assim na mina e começou a especular sobre o que havia acontecido.
Estava em bom estado, considerando todos os fatores
Pelos padrões atuais, o carro parecia ter sido resgatado de um ferro-velho. Todos os vidros estavam ausentes, a pintura bastante danificada e a ferrugem se espalhava por toda a parte. No entanto, Adam observou que, considerando as circunstâncias, ele estava em um "ótimo estado".
É verdade que o carro poderia ter enfrentado danos muito mais severos. Poderia ter rolado sobre as pedras, sofrido batidas ou até mesmo sido completamente esmagado. Isso levanta a questão: que tipo de situação exatamente o veículo enfrentou?
O Ford provavelmente não vai a lugar algum
A equipe imaginou duas possibilidades sobre como o Ford foi parar lá. A primeira é que o carro caiu na mina depois que ela foi fechada devido a um sumidouro. A segunda é que ele estava lá o tempo todo.
Ele pode ter pertencido a um dos trabalhadores e acabou ficando preso na mina. A história da origem desse Ford, muito provavelmente, permanecerá um mistério, já que Adam acredita que ela dificilmente será revelada.
Não era o único veículo
Encontrar o Ford Crestline Sunliner 1954 foi uma grande surpresa para todo o grupo. Adam disse à Hagerty que a experiência foi "incrível". Mais incrível ainda, porém, foi o que eles encontraram em seguida.
Como se um veículo não fosse suficientemente chocante, a equipe acabou tropeçando em outro! Adam confirmou que também havia um caminhão na mina, acrescentando que ele era ainda mais velho que o carro! O caminhão estava posicionado com a frente para baixo e inacessível demais para ser fotografado.
Mapeamento da mina
Por mais incríveis que fossem as descobertas do grupo, eles tiveram que focar e realizar o que foram fazer lá: mapear a mina. Eles mediram 700 metros lineares de galerias, e isso é apenas onde conseguiram alcançar.
Ainda havia outros túneis que desabaram ou foram inundados, e, por isso, não puderam ser mapeados. Eles também encontraram túneis com larguras de até 12 metros! As alturas dos tetos variavam de 4 a 9 metros.
Juntando as peças da história da mina
Embora a investigação da mina tenha levado a algumas respostas, ainda havia muitas informações necessárias para descobrir como tudo isso aconteceu. Foi aí que Doug Huntrods entrou em cena, o gerente de emergência do condado de Meade, onde Blackhawk está localizado.
Em uma coletiva de imprensa, Doug revelou que a Dakota Plaster Company era a proprietária da mina. Isso faz todo o sentido, considerando o material encontrado na mina. Além disso, o Rapid City Journal encontrou em seus arquivos a cobertura da inauguração da fábrica da Dakota Plaster em 1910!
As famílias deslocadas
Por mais fascinante que a mina de gesso seja, a descoberta é bastante preocupante para aqueles cujas residências agora estão em risco devido à questão da segurança. Um total de 12 famílias foram evacuadas por conta dos sumidouros, envolvendo aproximadamente entre 30 e 35 pessoas.
John Trudo, o vizinho para quem Albert Reitz correu quando o chão cedeu enquanto cortava a grama, levantou uma questão que muitos dos outros vizinhos provavelmente estão considerando: será que os empreendedores tinham conhecimento disso e ignoraram a situação?
Não coberto pelo seguro
A questão de quem é o responsável é especialmente crucial, pois as seguradoras estão se recusando a cobrir os danos ou a pagar pelo custo da casa perdida. Tanto John quanto Albert relataram que esse foi o caso de suas seguradoras, que simplesmente lhes disseram que suas apólices não cobrem sumidouros subterrâneos.
Como resultado, muitas das famílias desabrigadas recorreram ao GoFundMe para tentar arrecadar dinheiro para, pelo menos, ajudar a pagar as contas por enquanto.
Levando o caso ao tribunal
O Condado de Meade fez um esforço para obter fundos da Agência Federal de Gestão de Emergências (FEMA) para ajudar as famílias que perderam suas casas. No entanto, esses moradores prejudicados incluíram ainda funcionários do condado em sua ação judicial.
Isso ocorre porque registros públicos indicam que a Junta de Planejamento do Condado de Meade tinha conhecimento da existência da mina quando aprovou o desenvolvimento do bairro. A ação judicial também visa o estado, agentes imobiliários e empreendedores, todos os quais deveriam ter sido informados sobre os perigos.
Uma situação difícil
A mina não só representava um risco para a vizinhança, mas também para uma rodovia interestadual próxima. Como resultado, os engenheiros tiveram que inspecionar a I-90 para garantir que não houvesse ameaça de afundamentos perto da rodovia.
Depois de inspecionar o local, os especialistas confirmaram que a estrada está a salvo da mina subterrânea. Agora que a estrada está sob controle, o condado pode dedicar toda a sua atenção aos residentes e decidir o que fazer com essa descoberta surpreendente.
